Professora da Universidade Federal do Ceará representa o Brasil na ONU em evento mundial de defesa da natureza
O Brasil esteve bem representado no Dialogues on Harmony with Nature das Nações Unidas, Assembleia realizada neste final de semana, na sede da ONU em Nova York, e que reuniu mais de 100 especialistas, de 33 nacionalidades, de varias áreas na defesa da natureza. Entre as conferencistas, a cearense Germana Oliveira de Moraes, professora de Direito Constitucional da Universidade Federal do Ceará e cocriadora do Movimento Nación Pachamama; e a curitibana Doraci Guimarães, presidente da ONG Pachamama, debatedora na sessão de diálogos interativos.
O objetivo do encontro, em sua 7ª edição, é inspirar cidadãos e sociedade a reconsiderarem sua interação com o mundo natural, além de melhorar a base ética da relação entre a humanidade e a Terra, no desenvolvimento sustentável.
“Novas políticas, diretrizes e resoluções apontam cada vez mais para a necessidade de uma abordagem legal e de uma declaração universal, que reconheça os direitos da natureza, como está escrito na Constituição do Equador, ou Direitos de la Madre Tierra, leis da Bolívia”, explicou a professora. Germana chamou as nações a fazerem suas agendas, incluindo a Mãe Terra como um ser de direitos. “A desarmonia em que vivemos não é apenas com a natureza senão entre nós mesmos, fato que podemos ver claramente por meio das injustiças sociais. A humanidade, disse, está em uma encruzilhada, como a ocorrida na criação dos Direitos Humanos. “Convido a todos a experimentar Pachamama, a por os pés na terra, entrar em um rio… E a se manifestar nas redes sociais, com a hashtag # Mother Earth Day, para que o mundo saiba que 22 de Abril é o dia Internacional da Mãe Terra e que isso significa o início de um novo tempo!”
Germana falou também sobre o trabalho do Nación Pachamama, Movimento desenvolvido por voluntários, com lideranças predominantemente femininas; seus projetos, como o realizado junto ao ‘Q’eros’, povo ancestral que vive nos Andes peruanos, vivenciando a harmonia com a natureza; e a experiência das Comunidades Campesinas, espaços onde pessoas exercitam a vida grupal, aprendendo a se relacionar com a terra e com os demais seres vivos. Além de relatar sobre as ações em universidades brasileiras e os trabalhos na Índia, Peru e Senegal.
Com informações da agência EBC Comunicação